Há alguns anos, o Governo Federal passou a adotar em alguns municípios a "administração plena" da saúde, quando a responsabilidade da União passou a ser apenas a de repassar os recursos. Em alguns casos deu certo, contudo, em outros nem tanto. É fato que a saúde no país não é sempre um exemplo, apesar de ser garantido pela Constituição o acesso ao serviço.
No Rio Grande do Norte temos exemplos de serviços bons e ruins. Basta fazermos um comparativo do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, com o Tarcísio Maia, em Mossoró. Após anos de agonia, o HRTM, administrado por Marcelo Duarte, respira aliviado e serve de exemplo para os hospitais públicos. Claro que há problemas, porém os avanços são inegáveis.
Em Mossoró a saúde está um caos! Desde a saída de Dorinha Burlamaqui da Gerência da Saúde a coisa degringolou de vez. O que parecia não ter como piorar, ficou ainda mais problemático. Para se ter uma ideia, durante os anos de administração de Fafá Rosado foram fechados seis hospitais. O governo de uma enfermeira, que elegeu deputado estadual, o marido médico, vai entrar para a história da cidade como "a fechadora de hospitais".
Hospital Duarte Filho, Casa de Saúde Santa Luzia, Casa de Saúde São Camilo de Lelys, Samec, Unicárdio e Mater Dei são exemplos "mortos" da péssima gestão da saúde da cidade. Além disso, a atual administração também fechou postos de saúde e o centro clínico do Abolição IV, conhecido como "PANzinho".
Para tentar mascarar o desastre administrativo, a atual administração tenta, através de perseguição, fechar outro hospital, desta vez a Casa de Saúde Dix-sept Rosado e Maternidade Almeida Castro, onde são realizados mais de quatro mil atendimentos por mês. São quase seiscentos partos realizados mensalmente, únicos leitos de UTI neonatal existentes em Mossoró, seis leitos de UTI adulto, Hemodiálise, Oncologia e mais uma série de serviços podem ser extintos.
O Governo Federal repassa vários milhões de reais por mês para o município pagar aos prestadores de serviços do SUS, mas esse dinheiro simplesmente não chega ao destino final com a mesma rapidez. Para um hospital onde quase 100% dos atendimentos são de pacientes do SUS, essa retenção pode prejudicar muito seu funcionamento.
O pior de tudo é esse movimento, que pode até matar pessoas, ter um motivo ridículo: política, ou politicagem. O desejo de algumas pessoas ter de permanecer no poder faz com que misture a saúde do povo com politicalha. O próprio gerente afirma em público que foi "repreendido" porque sugeriu uma solução e que "sabia" os reais motivos de tudo aquilo.
O meu desejo enquanto cidadão e como homem público é de que o bom senso e o respeito à dignidade humana prevaleça, como uma luz no fim do túnel, e a política passe apenas para o campo do debate de políticas públicas que tragam benefícios à população. Quem sabe um dia estas pessoas possam escrever Política com letra maiúscula.
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